Coletivo aponta necessidade de ampliar o debate em torno das questões da diversidade sexual e direitos humanos

Coletivo da diversidade Sexual  reunido

O Coletivo de Diversidade Sexual do Sintep-MT, reuniu-se no domingo (11/02), no Hotel Fazenda, durante o Conselho de Representantes.

Na reunião, Jocilene Barboza dos Santos, vice-presidente do SINTEP/MT e uma das coordenadoras do coletivo, lembrou que a Internacional da Educação (IE) tem atuado no sentido de reconhecer a diversidade que compõe o movimento sindical. “ A IE tem intensificando o debate em algumas questões, como a dos imigrantes e indígenas que tem ganhado maior significado nos países em que estas populações se sobressaem. E também, a entidade tem atuado no combate a discriminação pela orientação sexual e identidade de gênero”, informou a coordenadora do coletivo.
Segundo Jocilene o Encontro sobre Direitos Humanos e Diversidade na agenda das organizações sindicais da educação, promovido pela IE na Argentina em novembro/2011, refletiu: que currículo queremos? Como superarmos esta realidade de exclusão que ainda há em nossas escolas? O debate se deu em torno dos direitos humanos, direito a educação. “Um debate que precisa ser levado para dentro da escola, tornando o espaço escolar um ambiente seguro e acolhedor para essas questões”, afirmou, a vice-presidente do SINTEP/MT.

O Sintep-MT, desde 2007 tem se esforçado para incluir o debate da questão LGBT nas suas atividades sindicais. Além de promover o debate através da organização de seminários, tem participado de eventos de articulação externa, como no caso da II Conferência Nacional de Políticas Públicas e Direitos Humanos de LGBT em dezembro último passado, através de convite da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação - CNTE, que compõe o Conselho Nacional de Combate a Discriminação.

Ainda foi debatido no coletivo as dificuldades enfrentadas pelos professores/as que se propõem a trabalhar a questão. Entre as principais dificuldades apontadas estão a falta de materiais e a resistência dos próprios educadores com o assunto, segundo os depoimentos dos professor Kleber Solera de Sinop e Paula Gilbert de Guarantã do Norte.

Situação semelhante acontece em relação as questões etnico-raciais. “Apesar da Lei 10.639/2003, muitas escolas ainda se negam a discutir em seus currículos, a questão LGBT tem ainda uma rejeição maior por parte dos/as educadores em abordá-la. Precisamos cobrar maior atuação da Gerência de Diversidades da Secretaria Estadual de Educação nestas questões”. Acrescentou a Técnica Administrativa Educacional e presidente da subsede de Várzea Grande, Cida Cortez.

Já o professor Maurocir Silva, presidente da subsede de Campos de Júlio, que também é um dos coordenadores do Coletivo de Diversidade do Sintep-MT, ressaltou a importância dos seminários realizados pelo sindicato e forçou a necessidade de ampliar esses espaço de formação.

Propostas do Coletivo à Direção do SINTEP:

• Cobrar das Secretarias Estadual e Municipais de Educação maior atuação na questão da diversidade sexual, inclusive com a criação de espaço institucional destinado ao encaminhamento destas políticas onde ainda não estiver;
• Organizar seminários regionais para ampliar a discussão sobre a diversidade sexual, educação em direitos humanos;
• Disponibilizar na página do blog materiais que discutem a questão para subsidiar os educadores/as na inclusão da questão no currículo das escolas.