A coordenadora do Coletivo de Diversidade Sexual do SINTEP-MT, criado em 04 de dezembro de 2010, Jocilene Barboza dos Santos, participou da Reunião sobre Diversidade Sexual na Agenda Sindical da Educação, promovida pela Internacional da Educação para a América Latina e organizada pela CNTE. O Secretário Adjunto de Políticas Sociais do SINTEP-MT e membro do Coletivo, Maurocir Silva, também participou do Encontro.
A reunião aconteceu em São Paulo, de 20 a 22 de maio, com o objetivo do encontro é fortalecer a capacidade sindical para desenvolver uma política institucional de defesa da educação púbica, diversidade sexual e direitos humanos.
Participou da reunião Fátima da Silva, vice-presidente do Comitê Regional da Internacional da Educação para América Latina; Rebeca Sevilla, responsável pelos Direitos Humanos na Internacional da Educação e líderes sindicais da região latino-americana.
A abertura contou com a presença de Roberto Leão, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), o organizador da reunião.
No primeiro dia, abriu o debate Carlos Augusto Abicalil, assessor parlamentar da bancada do governo no Congresso Nacional do Brasil, com o tema "educação pública, direitos dos homossexuais e política pública de educação."
Com o apoio do companheiro Carlos Augusto Abicalil, os participantes refletiram sobre a importância de um Estado Laico e de uma Educação Laica como a forma de alcançar a liberdade para todas as religiões e erradicar a discriminação com base em perspectivas religiosas discriminatórias.
Os sindicatos da educação continuaram o debate sobre a questão caminhando para a construção de uma nova pedagogia, uma pedagogia baseada na certeza de que o direito social à educação e os direitos humanos e sindicais não têm orientação sexual.
A Internacional da Educação para a América Latina pretende conhecer a situação da educação pública na região em relação à diversidade sexual e aos direitos humanos e aprofundar estratégias e políticas sindicais para assumir uma agenda institucional sobre a diversidade sexual.
Após a reunião, avançou-se na compreensão de como conquistar políticas públicas inclusivas na questão dos direitos de diversidade sexual.
Houve também espaço para o debate sobre como ele deve ser levada a abordagem da diversidade sexual e dos direitos humanos por parte do movimento educacional da América Latina.
Tanto os sindicatos quanto as autoridades educacionais devem ampliar sua perspectiva e abordagem para a compreensão dos direitos de diversidade sexual como direitos humanos.
Os trabalhadores e trabalhadores em Educação necessitam de formação adequada para trabalhar dentro de uma estrutura de educação democrática e popular e para construir uma pedagogia da diversidade, uma pedagogia da compreensão, uma pedagogia da inclusão e da convivência.
Instituições de ensino devem ser lugares seguros para todos aqueles que estão envolvidos no processo educativo, onde não se discrimine as pessoas por causa de sua orientação sexual.
Os sindicatos devem ser capazes de manter a questão em suas agendas e construir alianças com organizações que partilham também objetivos sócio-políticas para fortalecer a educação pública, que inclui a abordagem dos direitos de diversidade.
A reunião ocorre poucos dias depois de a Educação Internacional lançar mundialmente uma chamada à luta contra a discriminação através da educação.
A Internacional da Educação para a América Latina está empenhada em reforçar a agenda sindical para os direitos humanos e uma pedagogia que nos liberte de discriminação e exclusão. Defendemos uma educação pública que construa um espaço a partir do qual se pode transformar atitudes, remover preconceitos e construir relacionamentos com equidade, igualdade e respeito.
E neste sentido, os sindicatos da educação devem desenvolver políticas de combate à discriminação e à violência baseada na orientação sexual. Queremos escolas, bairros, sindicatos, leis e sociedades livres de homofobia e transfobia.
Participaram da reunião organizações da Argentina, Uruguai, Brasil e Costa Rica. Também acompanharam o Escritório Regional para América Latina e o Escritório Mundial da Internacional da Educação.
(Fonte - CNTE - COM INFORMAÇÕES DA IEAL 20/05/13)
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