terça-feira, 23 de abril de 2013

Entidades realizam Ato Pró-Direitos Humanos em Cuiabá


A Central Única dos Trabalhadores de Mato Grosso (CUT/MT) e várias entidades realizaram na sexta-feira (19/04), na Praça Alencastro, em Cuiabá, Ato Público Pró-direitos Humanos. O ato foi uma manifestação contra a permanência do pastor e deputado federal Marco Feliciano na presidência da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados, em Brasília. 

Para o diretor da ONG Livre-Mente, Clovis Arantes o ato pró-direitos humanos  é uma forma de repudiar posições racistas, machistas, Homofóbicas e sexistas do deputado federal Feliciano. "
Marcos Feliciano não representa a população mato-grossense, não representa os direitos humanos, Marcos Feliciano é um retrocesso, é tudo aquilo que nós não queremos para a sociedade brasileira”, afirmou o professor Clovis Arantes.

Para a CUT/MT a presença de Marco Feliciano na Comissão de Direitos Humanos da Câmara Federal está aflorando o preconceito que sempre existiu em na sociedade brasileira. “A democracia racial de fato não existe em nosso país. Por isso, o ato que diz “não ao Feliciano” diz a liberdade de ser, a liberdade humana, a liberdade de amar, de expressão, a liberdade que tanto nos lutamos”, disse o professor Ciréia, reafirmando a posição da CUT em ampliar o debate sobre o respeito a diversidade étnico-racial e sexual.   

Na avaliação do professor Naldson Ramos, coordenador do Núcleo Interistitucional de Estudos da Violência e Cidadania  (Nievci), da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), uma violência muito comum em nosso país é a violência institucional e politica, nesse sentido Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM) da Câmara dos Deputados tem um papel muito importante na mediação dos conflitos que perpassam a sociedade brasileira. “A posição política do deputado Marcos Feliciano é uma posição que considero estreita para a complexidade da comissão da qual ele representa”, 


O Ato foi encerrado com uma macha fúnebre em memória as vítimas da violência. De acordo com os dados da ONG Livre-Mente, 13 pessoas morreram vítimas de violência homofóbica em Cuiabá e Várzea Grande só de 2012 até o momento. A última vítima foi o dançarino Paulo Medina, que aconteceu nesta semana, que foi lembrado durante o ato.  

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